sábado, 23 de outubro de 2010

Para educadores não-formais de exposições:


 Como manter-se motivado ao longo de meses em uma mesma exposição?
1. Querer manter-se motivado. É preciso querer ser educador. Fazer “bico” com educação é desrespeito com o outro, tanto com o visitante quanto com o educador comprometido.
2. Ser sincero consigo mesmo, buscando não julgar os visitantes pela aparência, posição social ou gostos e valores. Nunca sabemos o que o outro viveu.
3. Buscar desafios em obras e/ou objetos expostos com os quais ainda não trabalhou em uma visita educativa. É importante buscar novos roteiros todos os dias. Não podemos ligar o piloto automático, que nos conduz a deixar de ouvir o outro ou a esperar as respostas freqüentes da mediação.
4. Trocar e experimentar os pontos de vista e questões observadas por outro educador e, buscar novas formas de abordar o mesmo assunto. Isso pode ser com os mesmos conceitos ou questões formais.
5. Não aceitar que sua visita já chegou ao que poderia ser de melhor. Os visitantes são sempre outros e mesmo que os mesmos visitantes retornem à exposição, não estão com a mesma disposição, humor e abertura da última vez, assim como o educador.
6. Querer dividir e estar disposto a aprender com visitante, o que implica em não colocar-se em posição superior.
7. Renovar o olhar sobre a exposição e todos os seus elementos, resignificá-los. Buscar adentrar o espaço expositivo como se fosse a primeira vez e procurar pensar como o espaço conversa com o corpo e as obras.
8. Estudar sempre. Estudar possibilita novas formas de navegar e explorar a exposição, ampliando formas de articulação de sentidos e conteúdos.
9. Rir de si mesmo e admitir não ter pensado questões suscitadas pelo visitante.
10. Divertir-se e ter prazer com a troca e a com experiência com o outro.
11. Lembrar que tudo o que foi experienciado será aproveitado de alguma forma mais adiante.